domingo, 25 de janeiro de 2009

Aliança por uma nova safra


O processo de formação de jogadores, no Brasil, à exceção de uma meia dúzia de times, é bastante deficitário. Isto porque, o trabalho de base, em si, é bastante complexo, e envolve elementos que as equipes, em sua maioria, desconsideram, comprometendo o resultado final, que é o surgimento de novos talentos.
Elementos como formação social do adolescente, educação de qualidade, moradia estruturada, espaços de treinamentos adequados e modernos, centros de cuidado e recuperação médica, profissionais capacitados e experientes e, sobretudo, blindagem destes atletas do constante assédio de empresários.
Investir nas categorias de base é uma questão de inteligência. Está aí um departamento que, ao contrário do social, rende bons dividendos ao clube, quando bem administrado. Quando um atleta de qualidade é revelado, este dá a sua colaboração dentro de campo para o time até ser vendido e, aí, dar a colaboração aos cofres, geralmente uma generosa contribuição.
O que vemos, hoje, no país, são “figurões” sendo indicados para coordenador de base, sob critério meramente de marketing, sem o devido preparo. E, quando o trabalho já começa errado de cima, o que esperar de seu resultado final.
Os clubes precisam rever seus conceitos, buscando alternativas para o fortalecimento e independência das divisões de base. Neste contexto, há duas alternativas que surgem como promissoras para a consolidação do departamento amador: independência financeira, com a apresentação de patrocinadores independentes para as categorias menores, e a parceria com outras equipes, no sentido de criar competições rápidas, unir elencos para disputas internacionais e fornecimento de jogadores mais jovens a equipes de menor expressão.

Atlético Mineiro


Toca da Raposa, Cruzeiro




São Paulo, CT Cotia